domingo, 25 de maio de 2014

Somos todos cegos – Imagine




Bom, como sempre, passo os olhos rapidamente na sinopse, comecei o filme certa que o Ian era alguém com visão e que ajudaria os outros, sem visão, a verem o mundo. Quando me dou conta, ele é cego e não se sujeita aos limites de uma pessoa cega,  não aceita a bengala e ser limitado pelos riscos do mundo.
Ian é contratado para ser professor numa escola de pessoas cegas e, aos poucos, ele desafia os jovens a não se limitarem às dificuldades da cegueira. Ensina como os alunos podem viver 'enxergando' através de sons. Ian se locomove através sons que emite com a boca e com os dedos, para ter noção da distância através da propagação do som através do espaço. Ele ‘vê’ os carros através dos sons dos pneus e calcula, mentalmente, se pode ou não seguir em frente.  
Em um dos passeios do professor, um aluno disfarça o som da muleta e o segue escondido, mas percebe que não consegue se sentir seguro para atravessar a rua, a prosseguir a aventura. Quando Ian retorna, Serrano está revoltado porque tem certeza que ele é enganado e que o professor tem alguma visão. É quando Ian tira os olhos de vidro e os entrega ao aluno.
Uma  das cena que nos faz pensar sobre nossa vida é quando Serrano questiona a todos que estão na esquina de um bar sentados se há um porto, se há navios, afinal o professor havia dito sobre tudo isso, e as pessoas garantem que nunca viram um navio por ali... Porém, dias após, em um dos cenários, na frente do bar, há um navio, ou seja, todos ficam restritos ao próprio mundinho e se esquecem de olhar o que acontece além do espaço que lhe interessa.
Essa reflexão me fez perceber como nós também somos cegos. Quantas vezes estou caminhando, passo do lado de alguém e eu não o vejo, minha sorte é que muita gente sabe disso e me chama... Eu, em compensação, se vejo alguém, enunca chamo, pois acredito que a pessoa está compenetrada ou não quer falar comigo... Triste pensar assim, não???
Quer ver uma diferença drástica, faça o caminho cotidiano que você só faz de carro à pé... Choca a quantidade de coisas e situações que passam desapercebidas na rapidez de um carro...
Agora o mais drástico, é como somos covardes, temos tantas medo de nos arriscar em caminhos, viagens, escolhas, enquanto, uma pessoa com a visão limitada, vive a vida com toda a intensidade que nós nos privamos de viver...

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