domingo, 11 de maio de 2014

A dificuldade de ser gay? Tom à la Ferme




O filme cumpre o prometido, é um suspense... Desde a chegada de Tom a casa do seu ex-companheiro Guillaume para acompanhar o funeral, pois ele morreu, até a família que Tom descobre, e, como próprio diz, conhece um pouco mais a cada dia. 
Os maiores problemas tratados no filme são a questão da não aceitação ou a omissão da opção sexual, quando esta não condiz com a expectativa da sociedade, a de que todo mundo normal é heterossexual e a negação da opção. 
Guillaume omitiu de todos a opção, da mãe, da cidade... Tom chega como um desconhecido e quando percebe que ninguém imagina quem ele é, apenas se apresenta como amigo. A mãe do falecido, Agatha, se sente magoada por ter vivido à distância do filho e pela noiva dele não viver o momento de luto pela morte de Guillaume. Na verdade, a impressão que se passa é que ela gostaria de apresentar à sociedade que seu filho tinha amigos e, em especial, uma mulher, ou seja, era ‘normal’, mesmo sabendo que ele não era.

Quanto ao gay enrustido, essa performance fica à cargo de Francis, o irmão do falecido. Ele se mostra alguém violento, que busca ocultar da mãe a opção sexual de Guilhaume. No entanto, nesse conflito fica claro pela como ele é tratado pela mãe, talvez a agressividade dele pelo mundo seja o reflexo do que ele recebe em casa e, pior, resultado do conflito interno, já que se percebe relação estabelecida com o Tom, pois transparece o desejo, tanto que aprisiona Tom na fazenda, e este, como que mergulhado na loucura de Francis, se sente como pertencente aquele mundo.

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