Incrível, mas os filmes com relacionamentos homo afetivos
transbordam sentimentos... E o legal, não são os acontecimentos, mas o decorrer das
histórias, o tecer das relações, das situações. Martin e Eugenio se conhecem há anos, mas apesar da vaga lembrança, aos poucos se percebe que eles eram grande amigos, vindo de situações sociais e afetivas constantes, mas que se reencontram, talvez sem querer, mas com um fundo de um destino. Na convivência dos amigos de infância, aos poucos, se estabelecem um jogo de conquistas, sempre com
mensagens subliminares de interesse mútuo, mas nunca declaradas, afinal, o relacionamento entre dois
homens não condiz com a ordem heteronormativa imposta pela sociedade. Com o passar dos minutos, das horas, dos dias, surge uma
apreensão do espectador, uma espera pelo momento do encontro. E quanto mais se
espera, mais o sentimento entre ambos de mostra real e verdadeiro.
Fiquei encantada com a delicadeza do filme.
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